17 de outubro de 2013

CCJ do Senado aprova normas para relação entre contribuintes e administrações fazendárias

publicada em: 16/10/2013
Brasília - A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (16), normas gerais aplicáveis à relação entre contribuintes e as administrações fazendárias da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. O texto aprovado é um substitutivo do senador Armando Monteiro (PTB-PE) ao PLS 298/2011, da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO).


O PLS estabelece, entre outras medidas, a imposição de uma série de restrições às condutas praticadas pelos agentes fiscais; a proibição de uso de meios administrativos de cobrança que comprometam as atividades econômicas dos contribuintes para forçar o recolhimento de tributos; e a obrigação de a Fazenda informar, anualmente, a carga tributária incidente sobre produtos e serviços a fim de que os contribuintes tenham conhecimento do que estão pagando.

Ao justificar a proposta, Kátia Abreu destacou que o campo tributário brasileiro é caracterizado pela complexidade, carga excessiva e má qualidade, o que onera a produção nacional e inibe investimentos. Deste modo, argumenta ela, "deveriam ser adotadas medidas voltadas diretamente para o reforço da segurança jurídica dos contribuintes e para a simplificação das suas obrigações acessórias".

Para Armando Monteiro, os comandos existentes no projeto deveriam ser inseridos no Código Tributário Nacional (CTN) e não em um Código de Defesa do Contribuinte, como propõe o projeto original.

O relator argumentou ainda que muitos dos temas abordados na proposta já estão regulados no CTN, apresentando também dispositivos que não tratam de matéria tipicamente de legislação tributária e que, portanto, deveriam ser remetidos a leis diversas. Essas ressalvas motivaram a elaboração de um substitutivo, que eliminou esses dispositivos e outros tópicos considerados inconstitucionais.

Quatro emendas foram apresentadas pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS), das quais três foram acolhidas pelo relator. A matéria segue agora para exame da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Por ser complementar, vai exigir maioria absoluta (41 votos) para aprovação no Plenário do Senado.

As informações são do Senado Federal.

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